Escolhi-te para mim. Como qualquer fêmea que escolhe um macho, eu escolhi-te para mim. Não o melhor reprodutor, nem o melhor cantor ou guerreiro, nem chave de fechadura. Foi o acaso, a sorte ou fado, nem sei que nome dar a tão contemporânea forma de escolher um caminho, e entre tantos remetentes, eu escolhi-te para mim. Aprendi letra a letra, mensagem a mensagem a gostar de ti. Disforme coração ferido pela vida. Desinfectei e curei a tua amargura e dei-me-te lentamente, aprendendo como crianças, gostá-mo-nos. Não sei de quê, talvez do cansaço da procura nos rendemos e ficamos por aqui. Sem emoções fortes, nem nós na garganta, sem frios na espinha nem falta de apetite, um romance calmo escrito por nós, isento das paixões fulminantes dos adolescentes. Com as certezas que os erros e os anos nos deram, apenas tivemos que escolher. Escolheste-me para ti e eu escolhi-te para mim. Escolheste-me pela simplicidade de pensamento e pelas palavras que tirei da tua boca e tão simplesmente traduzi. Escolhi-te pelas tuas cores. A tua harmonia visual prendeu-me. A estética não estática das cores da tua vida. Mais que um Pantone ou arco íris as tuas cores são únicas e usaste-as para ilustrar o meu futuro. Escolhi-te para mim e ensinei-te a amar-me com cada um dos teus lógicos tons das tuas cores degrade como que dando cor a uma vida sépia. Escolhi-te para mim, toma-me e dá-me cor.
domingo, 25 de maio de 2008
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